Carta de uns pais à equipe de "O Nosso Jardim"
Fica numa rua de Lisboa, um bocadinho escondida, onde passam carros, muitas pessoas, todas muito diferentes, e até o eléctrico 28.
Nessa rua há uma porta que não é como as outras. É uma porta grande que, todos os dias, se abre e se fecha, sempre às mesmas horas, como se de uma casa encantada se tratasse. A maior parte do tempo essa porta está fechada. Lá dentro trabalham, sempre muito atarefadas, pequenas fadas que, através de uma certa arte, conseguem transformar as mais pequenas coisas do dia a dia em algo tão grande que por vezes até parece não caber no nosso coração.
Mas de que é que essas fadas se ocupam realmente?
De meninos. Sim, de meninos que brincam, correm e ao passarem de sala em sala deste palácio miniatura, são levados a descobrir aqui e ali alguns tesouros do mundo, da vida… deles próprios. O certo é que voltam, como que por artes mágicas, com um inexplicável brilho nos olhos, reflexo de uma felicidade do tamanho do céu.
Eles entram ali pequeninos e, de repente, um dia, quando saem são já uns “senhores crescidos”.
É impossível esquecer tantas e tantas emoções aí vividas, pois foram muitas coisas maravilhosas da infância e da vida que com elas fomos desvendando.
Mês após mês, ano após ano, as pequenas fadas persistem, quase desapercebidas, nas suas misteriosas actividades, incansáveis na alegria e no amor por estes pequenos príncipes, agora iniciados na descoberta do encanto da vida.
A nós, pais e filhos, só resta preservar para sempre todos os “pequenos” segredos que com elas descobrirmos. Só nos resta agradecer o privilégio da vivência extraordinária partilhada ao longo destes anos com as nossas mestras, tão sábias e delicadas como as crianças.
Lisboa, Junho de 2005
(Teresa, Bernardo, Sebastião e António Azevedo Gomes)
Nessa rua há uma porta que não é como as outras. É uma porta grande que, todos os dias, se abre e se fecha, sempre às mesmas horas, como se de uma casa encantada se tratasse. A maior parte do tempo essa porta está fechada. Lá dentro trabalham, sempre muito atarefadas, pequenas fadas que, através de uma certa arte, conseguem transformar as mais pequenas coisas do dia a dia em algo tão grande que por vezes até parece não caber no nosso coração.
Mas de que é que essas fadas se ocupam realmente?
De meninos. Sim, de meninos que brincam, correm e ao passarem de sala em sala deste palácio miniatura, são levados a descobrir aqui e ali alguns tesouros do mundo, da vida… deles próprios. O certo é que voltam, como que por artes mágicas, com um inexplicável brilho nos olhos, reflexo de uma felicidade do tamanho do céu.
Eles entram ali pequeninos e, de repente, um dia, quando saem são já uns “senhores crescidos”.
É impossível esquecer tantas e tantas emoções aí vividas, pois foram muitas coisas maravilhosas da infância e da vida que com elas fomos desvendando.
Mês após mês, ano após ano, as pequenas fadas persistem, quase desapercebidas, nas suas misteriosas actividades, incansáveis na alegria e no amor por estes pequenos príncipes, agora iniciados na descoberta do encanto da vida.
A nós, pais e filhos, só resta preservar para sempre todos os “pequenos” segredos que com elas descobrirmos. Só nos resta agradecer o privilégio da vivência extraordinária partilhada ao longo destes anos com as nossas mestras, tão sábias e delicadas como as crianças.
Lisboa, Junho de 2005
(Teresa, Bernardo, Sebastião e António Azevedo Gomes)
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